1937, MG TA, MA-18-39
João Noronha comprou o MG TA, de 1937, através de um anúncio na revista especializada "Classic Cars", de outubro de 2000.
Quando chegou à Madeira, foi legalizado com matrícula da época MA-18-39.
O carro estava num estado um pouco precário, pintado à trincha, com uma cor não original.
Além disso, muitos dos componentes que chegaram à Madeira no MG não lhe pertenciam, nomeadamente, os faróis, as jantes e a cor do banco, entre outros.
A forma de prender o pneu sobresselente estava alterada para uma fita de cabedal.
Até a capota se encontrava numa posição demasiado baixa que impedia a colocação dos vidros laterais e obrigava um condutor mais alto a ter de conduzir com a cabeça de lado.
Por isso, lançou mãos à obra.
O veículo foi restaurado em casa, inclusive a pintura de todo do chassis e peças mecânicas.
Apenas o trabalho de chapa realizou-se numa oficina.
A pintura exterior fez com um amigo que tinha estufa de pintura em casa.
Foi um longo trabalho com todo o processo de restauro a demorar 2 anos.
O MG TA tem um palmarés na Madeira, tendo já efetuado duas edições da “Volta à Ilha”, e algumas da “Rampa dos Barreiros”.
Já ganhou vários concursos de restauro.
Foi “Best of Show” em 2018, no "Madeira Classic Car Revival", tendo, nessa altura, sido convidado a ir ao Casino do Estoril de onde trouxe mais uma menção honrosa.
Foi capa do catálogo editado e produzido pela Direção Regional do Turismo referente à edição de 2018 do "Madeira Classic Car Revival".
A produção deste modelo aconteceu entre 1936 e 1939 em Abington.
Foram produzidos 3003 exemplares.
Este TA é o número de chassis 1082.
Tem 1292cc, 50cv de potência e leva 23 segundos a atingir os 100km/h.
As primeira e segunda velocidades não são sincronizadas, o que requer um condutor com alguma “delicadeza” ao volante.
A série TA foi a primeira a sair de fábrica com travões hidráulicos nos MG.
Este modelo nunca teve volante à esquerda, nem mesmo para exportação.
Como curiosidade, os 3 primeiros números de chassis que saíram, eram o telefone da fábrica em Abington, concretamente o 0251, 0252 e 0253.
Esta caraterística ficou para os MG TB e TC cujo primeiro número de chassis continuou a começar nos números de telefone da fábrica.
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